"O Sound Branding busca criar elementos sonoros que se alinhem com a identidade da marca, criando assim, uma identidade auditiva."
Cá estou eu de volta para dar continuidade ao post anterior (Sound Branding - O Som da Sua Marca) e explorar um pouco o "Sound ID" ou Identidade Sonora.
IDENTIDADE: Conjunto de características próprias de uma pessoa ou coisa por meio das quais podemos distingui-las.
SONORA: Que produz ou é capaz de produzir sons.
O som tem o poder de nos provocar sensações, estimular nossa imaginação, nossa memória, nossas emoções.
Como aqui nesta série de posts, estou focando no uso do som para estratégias de construção e posicionamento de marcas, então antes de apertarmos o “play no som”, é preciso que as marcas tenham sua identidade bem definida. E este é um trabalho que vai muito além de definir missão, visão, “propósito” e criar uma identidade visual bonitinha. É uma jornada de conexão consigo mesma, com os seus valores, antes de buscar se comunicar e se conectar com o seu público.
Depois dessa introspecção e esse entendimento sobre si mesma, é necessário que se olhe para os seus consumidores, buscando compreender suas reais necessidades, afinal de contas, uma marca é a representação simbólica de uma empresa e uma empresa é um conjunto de pessoas. Portanto, uma marca é construída de pessoas para pessoas.
É essencial também que haja coerência entre o que se é em essência, o que se quer, no que se acredita, o que se transmite e o que se oferece na prática, porque uma marca não é apenas um nome, um som, um logotipo, um slogan, uma paleta de cores ou um produto, e sim, o sentimento que é gerado no consumidor a cada interação com a sua empresa.
Ao encontrar sua identidade, sua personalidade e entender mais sobre as pessoas com quem quer se conectar, aí sim, a transmissão da mensagem por meio de sons e/ou notas musicais terá mais eficácia, ajudando a trabalhar conceitos e a reforçar o seu DNA. E é através da transmissão da sua identidade que uma marca será reconhecida, e quando ela consegue refletir verdadeiramente os seus valores, há um impacto positivo na percepção dos consumidores. Mas nem sempre a identidade criada é semelhante à identidade enxergada pelos seus clientes, e aqui está mais um ponto importante, que é o trabalho para se alinhar essas duas percepções.
Para se construir uma sonoridade e/ou um repertório musical de acordo com o perfil de uma marca, é preciso ter claro essa identidade, entender quais são as expectativas, e alinhar isso com o cenário sonoro atual, com o tipo de sentimento que se quer passar e com o comportamento musical do público que acompanha aquela marca. E como o som cria essa conexão emocional, através do uso do Sound Branding, uma marca pode ser percebida como séria ou alegre, jovem ou velha, despojada ou conservadora, aventureira ou mais de boas e assim por diante.
Como já mencionei anteriormente, estamos na Era do Marketing Sensorial, onde os consumidores se relacionam com a marca através dos sentidos, não procurando apenas produtos e serviços, mas sim experiências relevantes para suas vidas e um discurso que se alinhe com suas ideias e ideais. E neste contexto, o conteúdo sonoro começa a sair da posição de um mero coadjuvante em uma peça publicitária para começar a assumir um protagonismo e ser visto como uma mídia em si dentro dos departamentos de marketing das empresas. É claro que ainda existem muitas marcas que tratam a música e o som com um "pano de fundo" para suas peças, mas quem já se ligou na importância do conteúdo sonoro, já está utilizando a música e o som como um canal de comunicação autônomo, em diversos pontos de contato com o consumidor: filmes, eventos, lojas, pontos de venda, produtos, enfim, o som pode navegar por diversas plataformas de comunicação.
Não se esqueça: Marcas não são construídas em escritórios, nem em fábricas, mas sim no coração e nas mentes do seu público.
Ela é feita de pessoas para pessoas.
Agora, me fala aí:
Qual a identidade da sua marca?
Até o próximo post!
Leandro Beraldo
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